Projeto arquitetónico
A Praça do Emigrante apresenta um desenvolvimento com ligeiro pendente na direção Sul/Norte, respeitando a topografia existente, no sentido de minimizar-se o movimento de terras necessário à execução deste equipamento público, materializado segundo um pavimento único executado em calçada portuguesa do tipo joga com variações cromáticas baseadas no esquema gráfico apresentado nas peças desenhadas, cujo limite sul coincide com o lancil que separa o passeio atual e a faixa rodoviária, e limite norte representado pelo muro de pedra existente, prevendo-se nesta zona uma área ajardinada que permitirá a criação de uma faixa de segurança entre o espaço pavimentado acessível e o alinhamento do muro limite, o qual apresenta um desnível significativo em relação aos terrenos vizinhos, situados a norte.
O pavimento fica sobre uma base de assentamento rígida, por forma a garantir o acesso a veículos de manutenção e limpeza ao espaço público, assim como veículos de emergência.
A solução de desenho urbano adotada prevê ainda a execução de dois alinhamentos arbóreos que ladeiam a praça, implantados sobre caldeiras de desenho circular, executadas com uma banda de aço assente sobre uma fundação de betão.
A zona norte da Praça contempla dois alinhamentos de peças de mobiliário urbano que configuram simultaneamente um banco contínuo e um espaço posterior destinado à gravação de inscrições referentes aos donativos e contributos da comunidade emigrante açoriana que apoiam a concretização do monumento em homenagem ao Emigrante. Estas estruturas são executadas em betão pré-moldado para revestir a lajetas de pedra de basalto, constituindo uma zona de estadia e de contemplação sobre a frente marítima, tirando-se partido do enquadramento paisagístico de elevado interesse que daí se obtém.
FERNANDO MONTEIRO
ARQUITETO
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MARCO RESENDES
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MIGUEL SOUSA
ARQUITETO
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